domingo, 15 de abril de 2007

Any Colour You Like

Imagine se pudéssemos encontrar as várias versões de nossos destinos em uma sala de reuniões.Várias cores.Distintas versões de uma mesma pessoa.Seria a festa do ´´se’’.
Ideais e idéias,fantasias(sexuais ou financeiras),super-heróis,assassinos(quem nunca não matou alguém nos seus pensamentos?)..Nossa mente é um imenso camarin.Ou melhor.A mente é um prisma.Sendo que os sonhadores tem peças tão transparentes e bem lapidadas que basta um fino filete de luz branca para que reflitam uma gama de cores.Eis os diamantes loucos.

domingo, 8 de abril de 2007

Pequena e Incômoda Verdade Apontada

A pior arma feita pelo homem.Devastadora,direta,avassaladora.Exatamente o que você pensou:o dedo indicador.
No momento em que apontamos com desprezo estamos engatilhando nosso ego para disparar farpas e palavrões.È um gatilho em ordem:o indicador aponta,o médio ofende e todos os dedos se unem em um golpe seco.Temos uma arma de destruição individual em mãos pois fere muito mais que o orgânico.Com ela expulsamos,acusamos,humilhamos,calamos.
Mas eis que vem a pior indicação:apontar para si mesmo.A mão prende,o pulso doi,os tendões saltam da pele.Ai está a prova cabal de que o dedo indicador é o nosso ego.Pois não há gestação mais sofrida do que nascer pra dentro de si.....



Valdenio Freitas(cuidado com o que fazem com seus dedos..... sem segundas intenções!!))

domingo, 1 de abril de 2007

A Morte Cíclica e os Faraós Modernos

Deus pode até ser brasileiro,mas a morte não é inglesa.Quem garante que eu terminarei esse texto?Talvez neste momento um corpo estranho obstrua um vaso sanguíneo e no próximo segundo meu coração pare de bater...Não parou.Aliás,uma sensação horrível é sentir as batidas cardíacas e saber que a cada milésimo de instante entre as pancadas estamos em um meio termo entre morte e vida até que a próxima batida anuncie a continuidade da existência.
Eis a finalidade do eufemismo e o medo do ser humano.Morrer.Cair no esquecimento dos anos.Por isso nos importamos demais em viver sob a égide da morte que queremos levar nossa hipocrisia e bens materiais para o túmulo.Certa vez o irmão de uma mulher tinha morrido e ela não queria que fosse enterrado próximo ao tumulo de um desafeto(será que eles iriam brigar la embaixo?).A boa ironia do parênteses.Noutra ocasião vi um enterro enorme com um túmulo luxuoso que mais parecia uma praça,um caixão com adornos dourados,sobretudos e óculos escuros.Nota-se que até morrer agora se tornou estiloso,fashion e tem seu glamour(mas o corpo continua a apodrecer...).Ironia final.

Valdênio